terça-feira, 30 de setembro de 2014

PASTOR CHICO HENRIQUE APRESENTA SUA TRAJETÓRIA EVANGÉLICA NO 44º PAPO CULTURAL


No dia 26 de setembro o projeto papo cultural recebeu na sua 44ª edição, o senhor Francisco Henrique dos Santos (Pastor Chico Henrique), que apresentou sua trajetória de 61 anos de evangélico sendo que 45 residindo em Quixeramobim e 32 anos como pastor da Assembleia de Deus Templo Central, onde atualmente encontra-se aposentado da função, pois se encontra hoje com 83 anos.
Na primeira parte de sua apresentação falou da sua infância pobre e suas dificuldades como a maioria dos sertanejos. Nasceu no dia 13 de janeiro de 1931 no sítio São João, município de Quixadá e aos 13 anos ficou órfão de pai e teve que desde muito cedo ajudar a mãe a criar os irmãos menores. Depois destacou o período em que foi vaqueiro e pedreiro antes de converter-se a Igreja Evangélica, além do casamento e constituição da família com sua esposa Dona Anália no município de Quixadá, onde nasceram seus filhos. Com exceção do mais novo já nascido em Quixeramobim.
Na segunda parte, Chico Henrique falou com muita alegria e emoção dizendo que cumpriu a missão determinada por Jesus em fundar a Assembleia de Deus neste município. Foram tempos difíceis e de muitas provações para a realização de sua missão, pois até o pastor que veio lhe entregar essa missão dizia que ele não obteria êxito. Muitas vezes ao sair de casa para pregar o evangelho por esse sertão central, pois seu campo de atuação era até o município de Solonópoles, chegando muitas vezes até Acopiara e Jaguaribe, deixava a esposa com as crianças com alguma alimentação que comprava sempre a vista, pois nunca gostou de comprar fiado, ficava sempre preocupado sem saber se o que tinha deixado em casa daria pra alimentar por muitos dias. Como naquela época a comunicação era difícil ficava sem ter notícias de casa durante suas longas viagens. Vale ressaltar que todo o trabalho acontecia de bicicleta, montado em cavalo ou de carro, quando as condições foram melhorando.
 Fato curioso que ressaltou na sua fala é que sempre gostou de comprar na mercearia de algum pequeno comerciante para inclusive ajudá-lo a crescer. Foi assim que ganhou credibilidade para sua esposa comprar alguma coisa caso faltasse para alimentar os filhos durante sua ausência.
Destacou também a grande luta para construir o Templo da Assembleia de Deus na Rua Vereador José Franco. Deste a compra do terreno passando por todas as fases da construção foram momentos de muita doação e solidariedade dos irmãos evangélicos ou de pessoas de outros credos que fizeram doações. Como o caso que relatou no senhor dono do antigo cinema da cidade que doou os bancos para a igreja. Falando em bancos disse que tem um guardado em casa como memória uma das cadeiras da primeira Igreja quando funcionava na Rua 13 de junho.
Segundo o senhor Chico Henrique, durante toda a sua caminhada de pastor ou como cidadão evangélico antes de exercer tal função enfrentou muitas dificuldades, mas tem muita a agradecer a Quixeramobim, terra esta que lhe acolheu e onde educou sua família, hoje todos estabilizados graças a Deus. Inclusive é cidadão desta terra homenageado em praça pública quando recebeu esse título de cidadania.
Após a apresentação do convidado teve um momento de participação da plenária, onde os presentes realizaram algumas intervenções. Durante a fala do presidente da Ong. Iphanaq Ailton Brasil, ele fez uma retrospectiva de quando conheceu o pastor Chico Henrique pregando o evangelho na comunidade onde nasceu Poço Grande e destacou que seu avô materno Ambrósio Brasil foi um dos primeiros evangélicos naquela comunidade. Fato esse confirmado pelo pastor, que rememorou suas viagens frequentes para celebrar culto naquela comunidade, além de São José e Boa Esperança todas ali vizinhas.
Para concluir o coordenador do papo cultural Neto Camorim, agradeceu ao Pastor Chico Henrique pela sua presença, como também seu filho Azanias Henrique que veio lhe acompanhando, além do professor Carlos Costa que trouxe os alguns alunos do turno da noite do Liceu para participarem do evento e outros convidados que veio prestigiar essa importante ação cultural realizada toda última sexta feira de cada mês na Casa de Antonio Conselheiro.
Além desses agradecimentos já mencionados a Ong. Iphanaq entregou uma menção honrosa ao Pastor Chico Henrique pela sua valiosa participação na 44ª edição do Papo Cultural.






Texto: Neto Camorim
Fotos: Edmilson Nascimento e Carlos Costa

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

CINECLUBE IPHANAQ RETORNA A NENELÂNDIA COM EXIBIÇÃO DO FILME “OURO NEGRO”


No último dia 05 de setembro o Cineclube Iphanaq retornou a Escola Francisco Carneiro Sobrinho em Nenelândia (Cangati) para a realização de sua 5ª exibição naquela comunidade. Desta vez foi exibido o Filme: “Ouro Negro”, de Isa Albuquerque.
O filme apresenta que em Alagoas, José Gosch (Odilon Wagner) é um geólogo alemão que, entre 1910 e 1918, luta para implementar sua companhia de petróleo. Só que ele é assassinado pelo sócio, em uma trama elaborada por Otto Manheimer (Felipe Kannenberg), um conceituado técnico americano infiltrado no governo brasileiro. O legado de Gosch fica com seu aprendiz, João Martins (Danton Mello), de apenas 13 anos. Ao crescer, João e Pedro (Thiago Fragoso), filho de Gosch, se formam na Escola de Engenharia de Minas, em Ouro Preto. Mariana (Malu Galli), viúva do geólogo, vive com a filha Luísa (Luíza Curvo) no Rio de Janeiro. João se apaixona por ela, mas um amor de infância atrapalha os planos do casal: Camila (Maria Ribeiro), a filha de um amigo da família. Após a misteriosa morte de um herói da aviação brasileira, Paulo Matos (Walter Rosa), João e Camila resolvem seguir os planos do falecido e conseguem os estudos de Gosch sobre a bacia sedimentar de Alagoas e Sergipe. Eles conseguem fundar a companhia e participam do processo da descoberta do petróleo no Brasil.
Baseado em fatos reais, desde o início do século XX, devido aos interesses externos sempre presente, alguns homens contestaram os relatórios técnicos que negavam a ocorrência de petróleo no Brasil, e ousaram perfurar o solo em busca do chamado Ouro Negro.
Segundo a coordenadora da escola Idalina dos Reis Lima durante esses cincos anos que o cineclube iphanaq realiza exibição na escola da comunidade é sempre motivo de alegria e aprendizado diferente para os jovens. Esse filme no qual foi apresentado hoje, além de oportunizar acesso ao cinema, permitiu que pudéssemos assistir a uma aula de como se deu a pesquisa e os interesses internacionais para negar a existência de petróleo no Brasil. Portanto, além de uma atividade cultural foi uma oportunidade de se conhecer a história da busca pelo petróleo no Brasil. Queremos agradecer mais uma vez a Ong. Iphanaq por sempre nos prestigiar com a presença do cineclube todo ano em nossa comunidade. Destacou Idalina.
O projeto cineclube é uma realização do Ong. Iphanaq com o apoio cultural do SESC-Ler de Quixeramobim e do Sistema Maior de Comunicação, que mensalmente viaja pelas comunidades do município exibindo filmes nacionais e gratuitos.
Maiores informações: (88) 9220-0056 





Texto: Neto Camorim
Fotos: Edmilson Nascimento