Papo Cultural e III Festa Reimosa são atrações durante a festa do padroeiro

No ritmo acelerado da cidade, a ONG Iphanaq apresenta sábado, dia 11 de junho, a partir das 17h, programação cultural na Casa Antônio Conselheiro, no Centro de Quixeramobim. Além de movimentar o local com uma programação alternativa no período, as atrações são uma forma de interferir criativamente na vida da cidade, de forma agradável propiciando mais uma forma de lazer.  A Festa Reimosa marca a 3ª. edição seguida em 2011, pela segunda vez realizada na Casa Antônio Conselheiro. No espírito espontâneo do encontro de amigos, a Festa, que continua com a característica, brinca com o sentido alimentar do que seria reimoso na vida, permitido/proibido, indigesto e saboroso, do que incomoda e ao mesmo tempo pode ser feito de modo diferente na vida, como o alimentar.  Música - Simbolicamente a Festa Reimosa traz muita música na casa, em som concebido por Artur Costa e Luciene Lobo, difundido em sistema de som adquirido pela ONG Iphanaq. A festa tem concepção e produção do professor Antônio Carlos, que leva surpresas, e integrantes do Iphanaq. “Eu vou preparar um pato pra comer com os amigos. E quem quiser pode levar sua reima e se comportar assim também por lá”, anuncia um participante, que ainda não quer se identificar.   Durante a Festa, que começa a partir das 20h43, serão exibidos vídeos e fotos produzidos pelo Ponto de Cultura Patrimônio Vivo e outros projetos desenvolvidos pela ONG Iphanaq. Um deles é Projeto Interações Estéticas (Funarte), que resultou em três curtas sobre temas diversos da cidade: reisado, o universo da ponte metálica e o forró. Sem hora pra acabar, pois a movimentação é certa, a Movimentação na Casa Conselheiro conta em 2011 com Serviço de bar e alimentação, a partir de articulação do Iphanaq com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. Movimentação começa às 17h com Papo Cultural Especial  A partir das 5 da tarde, a brisa chega com edição especial do Papo Cultural, projeto mensal que recebe convidados para um bate papo a partir de aspectos da cidade. Para aquecer a Festa Reimosa, no sábado, o Papo Cultural terá a presença do médico Osíris Cabral, que irá expor estórias e visões da cidade. Hoje residindo em Fortaleza, na Cidade 2000, Osíris está periodicamente em Quixeramobim, sempre presente durante os festejos alusivos a Santo Antônio, data que também marca, em 13 de junho, a elevação à categoria de municio, em 1856.  Nascido em 1929, Osíris Fernandes Cabral concluiu o Curso na Faculdade de Medicina da Bahia, a primeira criada no Brasil. Colaborou administrativamente com a administração de Dona Aldamira Fernandes, como prefeita, de quem é primo e, através dela, envia frequentemente exemplares de livros em forma de doação para a Biblioteca Pública Ismael Pordeus. “Ele vai comprando edições novas e organizando outras edições para Quixeramobim, enviando coleções e séries de livros, mandando muita coisa, mesmo sem ele pedir pra divulgar, sempre vão pelo motorista da Dona Aldamira, o Carrapeta”, diz o bioquímico e farmacêutico Roberto Farias, sobrinho de Osíris que com ele conviveu durante grande parte dos estudos em Fortaleza.  Conhecimento – Dotado de grande senso de humor, Leitor voraz de assuntos diversos, é conhecedor da literatura clássica, incluindo a brasileira, além de assuntos curiosos como a ufologia. “Quando eu morava ou estava de férias em Quixeramobim, sempre via à noite, quando nos recolhíamos, aquela luz acesa na casa dele, como sinal da leitura que já o acompanhava”, recorda o arquiteto e compositor Fausto Nilo, amigo do médico. Além do diálogo da cidade com os contextos externos, como a reunião de pessoas para acompanhar pelo rádio notícias da 2ª. Guerra Mundial, Osíris tem uma visão privilegiada sobre personagens e vivências da cidade, incluindo as culturalmente subterrâneas, como os retratos amorosos, o contexto religioso e a vivência em ambientes como os bares e os trabalhos.  O bate papo será gravado para os arquivos da ONG Iphanaq. O bate papo será mediado pelo professor Danilo Patrício, no projeto Coordenado pelo acadêmico de Letras Bruno Paulino, com supervisão do historiador Neto Camorim.  Mais informações:  Aílton Brasil, presidente do Iphanaq Email: iphanaq@gmail.com Telefone: (88) 9998-7434