No último dia 29 de
novembro, na Casa de Antonio Conselheiro, foi realizada a 22ª edição do Papo
Cultural. O convidado do mês foi o professor Elivande Brito, que apresentou o
projeto de Especialização em meio ambiente que está realizando pela UFC, com o tema:
ÁGUA: direito de ter, dever de preservar.
Inicialmente, Neto
Camorim, que estava coordenando o evento, fez uma breve apresentação do
convidado, destacando um pouco da história profissional do autor, para em
seguida ser realizada a apresentação do projeto.
Elivande Brito fez
uma rápida contextualização da situação da água no mundo, no Brasil e em
especial no semiárido nordestino e suas implicações climáticas como fenômeno
ainda não compreendido por grande parte de nossa população. Em seguida, o
professor Elivane direcionou a sua apresentação para as condições da água em
Quixeramobim e os cuidados que deveriam ser tomados pelo poder público e
sociedade civil para uma maior educação ambiental em relação ao uso da água.
Preocupação - Segundo Elivande,
esse projeto, por ele desenvolvido e iniciado este ano de 2012, surgiu da
preocupação com a preservação da água e seu consumo consciente no município.
Pelos dados apresentados, o volume de água acumulada nos principais açudes que
abastecem a cidade está abaixo da metade. Segundo dados da Companhia de Gestão
de Recursos Hídricos (Cogerh), o Açude Fogareiro principal reservatório do
município está com 48,86% da sua capacidade. “Isso é algo muito preocupante,
diante desse período que seca que estamos enfrentando”, destacou.
Além dos
reservatórios atualmente possuírem registros de volume muito baixos nesse
período de seca, não existe, segundo o professor, nenhuma campanha de
conscientização permanente realizada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto
(Saae), orientando a população, seja na cidade ou nas comunidades rurais, para
o uso correto da água. Elivande Brito ressaltou ainda que “o uso consciente da
água não depende exclusivamente do poder público”. Para o pesquisador, “é
preciso à colaboração de toda a sociedade”, pois “todos devem se sentir
responsáveis”, conforme observa: “Sabemos que é difícil mudar as pessoas,
principalmente quando tais questões já viraram práticas culturais, muitas
vezes, inconscientes, é que não querem mudar. Mas é preciso insistir, diante da
complexidade e relevância que o debate sobre a água tem pautado a agenda
ambiental em todo o mundo. É algo realmente desafiador para a humanidade, para
todos os seres vivos do planeta”.
Colaboração
coletiva - No final da fala, Elivande ainda destacou que pretende concluir esse
projeto até o final de 2013, e, no ano seguinte, realizar palestras nas
escolas, sindicatos e Ongs, tentando contribuir com a sua pesquisa, para um
consumo mais consciente da água em Quixeramobim.
Após a
apresentação, aconteceu um importante debate, onde o público presente, alunos e
professores, fizeram suas intervenções com reflexões e comentários sobre a
temática.
Texto: Neto Camorim
Fotos: Edmilson Nascimento
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