No
dia 08 de agosto, o Cineclube Iphanaq esteve pela segunda vez na Escola José
Marinho de Goés, sede do distrito de Uruquê, realizando exibição de filme. Na ocasião
foi apresentado o filme. “Abril
Despedaçado”, de Walter Salles.
Para um público em torno de 70 pessoas, a maioria
estudantes e professores, a comunidade teve a oportunidade de conhecer um pouco
mais do cinema nacional, pois esta é a proposta do cineclube iphanaq.
O filme "Abril Despedaçado" (Brasil 2001), narra
à história de duas famílias e se passa num lugarejo chamado Riacho das Almas,
no mês de abril de 1910, apesar de ser muito válido também aos dias atuais. O
filme ressalta diversos valores culturais que definiam a honra ou não de uma
família, era a chamada regra do olho por olho, dente por dente, aonde a
rivalidade entre as famílias Ferreira e Breves vai muito além da disputa por
terra ou outro bem material.
Na trama, o personagem de Rodrigo Santoro, “Tonho” é da família Breves, e teve seu irmão mais velho morto por um dos Ferreira. E como já era regra, ou uma lei de sangue, mantida pelas duas famílias, há gerações, quando a mancha de sangue na camisa do morto, que ficava estendida se tornasse amarela sua morte seria vingada. Isso acontecido “Tonho” foi em busca do pagamento pelo sangue do irmão e matou o assassino.
Essa maldita lei da vingança foi ao longo do tempo dilacerando as famílias. Na família dos Breves havia um pequeno garoto apelidado mais tarde de Pacu, por um retirante circense que passava pela região. Esse garoto era o puro retrato da criança sonhadora e esperançosa em meio ao nada em que vivia. Ele não se conformava com essa lei e chegou a apanhar de seu pai por isso, mas mantinha seus sonhos vivos em meio apesar da miséria e violência.
Percebe-se neste filme um apego muito grande a questão da honra vista por um lado sangrento, além de prevalecer à hierarquia e o respeito tanto pelos antepassados quanto pelo patriarca da família, que era incondicionalmente quem ditava as regras e costumes daquela época.
Segundo o professor Eduardo Saldanha
Nobre, esse filme apresenta vários aspectos que podemos analisar dentro do
contexto nordestino do século passado, mas ainda encontra referência no
contexto atual. Mesmo sabendo que os tempos são outros, mas ainda encontramos
na atualidade situações que se assemelham ao que o filme retrata. Seja a
questão da violência, a defesa do honra, a modelo patriarcal (domínio da mulher
e dos filhos), falta de diálogo na família, a exploração do trabalho, enfim,
varias situações podemos refletir. Daí a importância dessa atividade cultural
na escola para que os alunos possam entender que o cinema é também uma
importante ferramenta pedagógica, no qual podemos utilizar em sala de aula. E esse
momento em nossa comunidade é valioso, para que possamos perceber que educação
vai além dos muros da escola. Assim destacou. Na trama, o personagem de Rodrigo Santoro, “Tonho” é da família Breves, e teve seu irmão mais velho morto por um dos Ferreira. E como já era regra, ou uma lei de sangue, mantida pelas duas famílias, há gerações, quando a mancha de sangue na camisa do morto, que ficava estendida se tornasse amarela sua morte seria vingada. Isso acontecido “Tonho” foi em busca do pagamento pelo sangue do irmão e matou o assassino.
Essa maldita lei da vingança foi ao longo do tempo dilacerando as famílias. Na família dos Breves havia um pequeno garoto apelidado mais tarde de Pacu, por um retirante circense que passava pela região. Esse garoto era o puro retrato da criança sonhadora e esperançosa em meio ao nada em que vivia. Ele não se conformava com essa lei e chegou a apanhar de seu pai por isso, mas mantinha seus sonhos vivos em meio apesar da miséria e violência.
Percebe-se neste filme um apego muito grande a questão da honra vista por um lado sangrento, além de prevalecer à hierarquia e o respeito tanto pelos antepassados quanto pelo patriarca da família, que era incondicionalmente quem ditava as regras e costumes daquela época.
Texto: Neto Camorim
Fotos: Edmilson Nascimento e Ciro Barbosa
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