Foi realizado no dia 11 de maio, na
casa de Antonio Conselheiro, o segundo encontro do grupo de leitura: Sertões e
Memórias, onde foi concluída a leitura da Terra, primeira parte, da obra “Os
Sertões” de Euclides da Cunha. Abaixo o professor João Paulo Barbosa, escreve
sobre o estudo da terra.
Adentramos a Terra. Ali mesmo na Casa
do Homem. Quinze de junho, nosso terceiro encontro marcado para saborearmos as
mais variadas viagens e (dis) sabores que estavam a nos angustiar, quase nos
matando de, acho que sede, pelo clima que discutíamos a todo instante ali
naquele banquete. Quanto mais avançávamos Terra adentro, mais o calor das
discussões, ou não, aumentava.
Geografia, História, Literatura,
crenças, misticismo tudo se misturava nas nossas palavras quando destacávamos
flora e fauna e rios e serras e caititus e sericóias e juremas e juazeiros com
tudo o que torna tudo isso sacro para o sertanejo e para a Terra. Um sonho não
só para qualquer geólogo, mas também para qualquer historiador, literato,
desbravador, curandeiro...
Vidas Secas, O Quinze, O Sertanejo, A
Guerra do Fim do Mundo, Grande Sertão Veredas e outros fizeram questão de
circundar nossas cabeças durante o calor (de novo) do debate, tornando-se assim
nossos convidados ilustres. Enquanto nos aproximávamos do the end, eis que surge uma criatura noturna com seu vôo rasante
assustando o Danilo que se escondia daquele indefeso morcego que só queria
demarcar seu território. Volte Danilo! A luz já o levou de volta, precisamos
terminar o banquete na Terra.
Assim finalizamos, enxergando o
Euclides como um diretor de teatro verificando o grande palco para apresentar
sua peça brasileira levando um Brasil ao outro, o sertão à praia e a praia ao
sertão. Avante! O Homem nos espera até “Os Serenos”, para o dia 15 de Junho,
assim que o padroeiro de Quixeramobim se despedir de seus festejos na Terra do
Homem.
Texto: João Paulo Barbosa
Fotos: Elistênio Alves, Ailton Brasil e Neto Camorim
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