O grupo de leitura “Sertões
e Memórias” se reuniram no último dia 14 de setembro, na casa de Antonio Conselheiro
e iniciaram a leitura e debate da luta, 3ª parte da obra “Os sertões”. Neste
encontro o grupo discutiu os antecedentes da campanha de Canudos, onde segundo
Euclides da Cunha, despontou da convergência espontânea de todas as forças
desvairadas e perdidas nos sertões. Jagunços, cangaceiros, capangueiros, etc.
Também foram estudados, as causas próximas da luta em Uauá e o incidente em
Juazeiro, da compra da madeira para a construção da igreja nova de Canudos,
caracterizando-se a primeira expedição.
Outra parte de livro
debatido no encontro foi os preparativos da reação, a chamada guerra das
caatingas. Para Euclides, “elas são um
aliado incorruptível do sertanejo em revolta... As caatingas não o escondem
apenas, amparam-no”.
Fechando o encontro,
foi refletida no grupo a questão da autonomia, considerada duvidosa. O que se
preestabelecera pelo governo baiano da época, era a vitória inevitável sobre a
rebeldia sertaneja no qual considerava insignificante. O que não foi bem assim.
Precisou o governo e suas forças repressoras intervir para destruir Canudos. Estava
pronto o cenário para um dos mais sangrentos e dramáticos episódios de nossa
história, tão mal contada.
O grupo “sertões e
memória” darão continuidade na leitura “Luta”, e até o próximo encontro no dia
10 de outubro, onde será discutida a travessia do cambaio.
Texto: Neto Camorim
Fotos: Edmilson Nascimento
Nenhum comentário:
Postar um comentário