ENCONTRO LITERÁRIO- O
sertanejo – José de Alencar
A data, 06 de setembro;
o local, Casa Antônio Conselheiro; a hora, 19h; assunto, o sertanejo, a partir
da estética e da visão de José de Alencar no seu romance O sertanejo. É
o início de mais uma edição do Encontro Literário do Grupo de Estudos “Sertões
e Memórias”, um projeto coordenado pelo professor João Paulo, com o objetivo de
ler e discutir sobre obras literárias brasileiras percebendo seu valor cultural
no conjunto da nossa riqueza literária, bem como a importância da sua leitura
para a formação de um cidadão crítico e conhecedor do nosso patrimônio cultural
e literário.
Após a leitura de Os sertões, de Euclides da Cunha e O quinze, de Rachel de Queiroz, chegou à
vez de O sertanejo, de José de
Alencar.
Havia-se designado a leitura dos dois
primeiros capítulos do romance para o início das discussões. Mas antes da
releitura dos trechos leu-se o poema de Jader de Carvalho, para se observar a
relação intertextual entre os elementos do poema e do romance. E, para quem já
leu outras obras da nossa literatura envolvendo a temática do sertanejo, ou para
quem já viveu no sertão e conviveu com sertanejos reais, foram inevitáveis os
comentários preliminares, com análise comparativa entre outros sertanejos da
nossa literatura ou da vida real, com o sertanejo alencarino.
Após isso, deu-se início à leitura de trechos
dos dois primeiros capítulos mediante a escolha e as observações dos
participantes. A palavra ficou facultada para que cada leitor fizesse suas
observações e comentários a respeito de elementos que julgasse significativo no
romance. No caso de O sertanejo, fez-se necessário o esclarecimento de que, por
ser uma obra do Romantismo, há uma grande diferença de abordagem entre o homem
do sertão, de José de Alencar e os autores do Realismo e do Modernismo. Na
verdade a estética romântica cumpriu o seu papel para época, a despeito das críticas
que sofreu de alguns autores do século XX.
Portanto, foi no revezamento entre leituras
e comentários, entre ideias que convergiam e divergiam, seja no plano estético
ou no plano ideológico, que se iniciaram mais uma maratona de enriquecimento
cultural, a partir da leitura de mais um clássico da literatura tupiniquim, nos
recintos da casa Antônio Conselheiro, em Quixeramobim.
Willamy Nunes- Prof. de Língua Portuguesa
e integrante da Ong. Iphanaq
Texto: Willamy Nunes
Fotos: Edmilson Nascimento e Ciro Barbosa
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