segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

CINECLUBE IPHANAQ RETORNA A ESCOLA DE ENCANTADO COM EXIBIÇÕES DE DOCUMENTÁRIOS


O Instituto do Patrimônio Histórico, Cultural e Natural de Quixeramobim (ONG Iphanaq) esteve neste dia 14 de novembro na sede do distrito de Encantado. A exibição dá continuidade ao Projeto Cineclube Iphanaq, que oportuniza as comunidades rurais acesso a exibições de cinema nacional e gratuitos, seguido de debate.
A exibição de cinema aconteceu no pátio de Escola Aloísio Barros Leal, e contou com a participação dos alunos do Ensino Médio do turno da noite, professores e moradores da comunidade que compareceram para participar do evento.
A primeira exibição da noite foi o curta “Forró”, uma produção de 2010 dos alunos da primeira turma do Ponto de Cultura Patrimônio Vivo, em parceria com o projeto Interações Estéticas, da Fundação Nacional de Artes (Funarte), coordenado pelo artista visual Alexandre Veras. Esse documentário apresenta o percurso de Dona Rita e suas amigas que, sempre aos domingos, vão para o forró dos idosos no Quixeramobim Clube. Além disso, o documentário retrata um pouco da trajetória do sanfoneiro Nonô e o seu programa de forró na rádio difusora cristal, o “Crepúsculo sertanejo”.
Migrantes – Na segunda exibição foi apresentado o documentário “Migrante”, que mostra a realidade de milhares de pessoas que se deslocam temporariamente para o corte de cana nos estados do sudeste brasileiro. O documentário destaca a realidade vivida por agricultores nos estados do Piauí e do Maranhão. “Migrante” conseguiu a atrair a atenção da maioria das pessoas que estavam na escola e, ao final, fizemos uma conversa sobre os filmes exibidos onde algumas pessoas externaram a realidade vivida, destacando que, apesar da existência desse tipo de situação, a realidade tem mudado bastante nos últimos anos.
Segundo a professora Elizabeth Cavalcante, que estava muito emocionada, esse documentário mostra o quanto é difícil a situação de muitas famílias e principalmente de alguns jovens da comunidade, que ainda migram para São Paulo para o corte de cana na esperança de uma vida melhor, o que nem sempre ela acontece. “Precisamos é cobrar dos governantes soluções definitivas e não paliativas, para que nossa juventude fique na sua própria região”, destacou a professora.




Neto Camorim- Coordenador do Cineclube Iphanaq
Fotos: Elistênio Alves

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