Este filme apresenta a história da jovem Marcela que vive com seu pai, o faroleiro José e o velho Daniel em uma ilha. Seu único contato com o mundo exterior acontece por intermédio dos quatros marinheiros que, regularmente, levam provisões aos ilhéus. A vida de Marcela segue tranqüila, protegida pelas palavras de Daniel, que ensina a ler e é sua fonte de ternura e conhecimento, e pela severidade do paio, que quer mantê-la a salvo do resto do mundo. Quando a menina se torna adolescente, porém, começa a sentir o aflorar de sua sexualidade e o desejo de viver intensamente.
Segundo a professora Elisabeth Albuquerque Cavalcante o filme possibilita várias reflexões sobre o nosso cotidiano. Principalmente a história da jovem Marcela que apresenta uma relação intensa e conflituosa com seu pai e que encontra sempre apoio e compreensão do amigo Daniel. Também é possível estabelecer a partir do filme discussões sobre memória, autoritarismo e isolamento das pessoas que acabou contribuindo para o sofrimento da adolescente Marcela que estava naquele momento descobrindo o desejo de viver, e acabou elegendo o vento com seu grande companheiro, onde dividia suas angústias. “São questões que o filme aborda, mas que estão presentes em nossa realidade. Cabe a nós fazermos uma reflexão. Portanto, é um filme que apresenta várias questões interessantes em sua narrativa, nos trazendo um aprendizado importante para a nossa vida”. Destacou.
O projeto cineclube é uma ação cultural realizada pela Ong. Iphanaq e pelo SESC-Ler de Quixeramobim, que mensalmente exibem cinema nacional gratuito nas comunidades rurais do município. Tem o apoio do Sistema Maior de Comunidade e da Fundação Canudos.
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