No dia 28 de
fevereiro aconteceu na Casa de Conselheiro a 37ª edição do Papo Cultural. Nesta
edição teve como convidado, o Senhor Edivane Barros, que apresentou sua
trajetória de vida, sua atuação no rádio e na política, e também nas pastorais
sociais. Destacando seu trabalho nos “Vicentinos” e na Pia União de Santo
Antônio, movimentos ligados a Paróquia de Santo Antonio.
Origem- Após a apresentação do convidado realizada
pelo coordenador do evento Edivane Barros iniciou sua participação revelando que
é seu nome verdadeiro é Francisco Barros da Silva. Filho natural de Mombaça e
reside em Quixeramobim desde a infância, aonde seus pais vieram morar. Depois seus
familiares retornaram para o município de Mombaça, mas ele em seguida retornou
para estudar em Quixeramobim, onde concluiu o antigo 2º grau (hoje ensino
médio) na Escola Assis Bezerra. Durante todo esse tempo após a conclusão dos
estudos, como se dizia na época quando se terminava o 2º grau, realizou vários
cursos, principalmente nas áreas da mecânica, telefonia, eletricidade, bombeiro
hidráulico e construção civil. Mas recentemente, fez vários cursos no campo da
informática. Segundo disse, pra acompanhar a tendência do momento.
Família e trabalho - Edivane Barros é casado com a
senhora Clotilde tem uma filha e desde muito jovem procurou assumir suas
responsabilidades familiares e profissionais. Revelou que trabalhou na Casa de
Conselheiro, quando ela era local comércio do senhor Luiz Costa, na época “Casa
Toda Azul”. Disse também que trabalhou na fábrica de bebidas universal nos
fundos da casa, onde se fabricava zinebra e refrigerante. Quando volto a esse
local rememoro todos esses momentos iniciais de minha vida profissional nessa
cidade. Revelou emocionado.
Em seguida
falou do seu ingresso na antiga TELECEARÁ, como técnico de Telecomunicações
concursado. Frisou bem esse detalhe, pois nesse período conseguir um emprego
público geralmente era por apadrinhamento.
Durante o
período que esteve trabalhando pela TELECEARÁ, visitou todas as casa da cidade
que passaram a instalar telefone. Portanto, conhece bem a cidade até 1998, ano
de sua aposentadoria. Falou também de como foi o início da telefonia em
Quixeramobim. Sempre tinha um mensageiro para ir chamar as pessoas suas
residências para elas virem atender seus telefonemas no Monocanal (posto
telefônico). De lá a telefonista fazia essa intermediação. Isso continuou a
existir quando os primeiros telefones começaram a serem instalados. Mas claro
sem a figura do mensageiro. A pessoa quando queria fazer uma ligação entrava em
contado com o posto da Teleceará e a atendente completava a ligação telefônica
para o destino desejado.
Atuação no Rádio e na Política- Como sempre gostou de
telecomunicação, e tinha poucas pessoas com esse conhecimento na cidade naquela
época, logo recebeu convite para trabalhar de controlista (aquele que coloca as
músicas) na Rádio Difusora Cristal, no qual começou em 1968, ano da sua
fundação e continua até hoje apresentando nas tardes de sábado, o seu programa
“Sucessos para todas as gerações”.
Em 1970,
participou de um teste para ser locutor da rádio, coordenado pelo seu antigo
proprietário Fenelon Augusto Câmara, de saudosa memória. Foi algo despretensioso,
não acreditava que viesse a ser o escolhido diante de tantos outros candidatos
no qual considerava melhor do que eu. Para minha surpresa Fenelon me chamou a
rádio e foi logo dizendo. Você foi o selecionado e começa o programa amanhã! E
o programa era a “Discoteca da Amizade”, o cartaz social da região. Quando o
programa começou era diário. Iniciava às 13h e sou acabava quando não tinha
mais mensagens dos ouvintes pedindo músicas. Era uma das maiores audiências da
emissora a Discoteca da Amizade. Tinha ouvintes de toda a região central do
estado, pois a Cristal era a única. Portanto a pioneira.
Foi pela
grande popularidade de passei a ter com o programa, que fui convidado pelo
Fenelon para entrar na política e ser candidato a vereador. Fato curioso é que
o partido ao efetuar o registro da minha candidatura registrou no cartório
eleitoral apenas meu nome Francisco Barros da Silva. Quando foram apurados os
votos Edivane Barros teve voto pra ser eleito, mas não tinha sido registrado
com o apelido. Perdi a eleição. Mas não encaro isso como frustração, foi melhor
assim. Assim se expressou!
Trabalho Pastoral e Comunitário- Também
dedicou parte de sua apresentação para registrar seu trabalho nas pastorais
sociais da Paróquia de Santo Antônio desde a década de 1990, a convite do
saudoso Pe. José Van Esch. Tem serviços prestados na Sociedade São Vicente de
Paulo- Os Vicentinos e na Pia União der Santo Antonio, no qual é
vice-presidente. Entidade mantenedora do Abrigo Santo Antonio, que presta
relevantes serviços aos idosos do município.
Durante sua
fala sobre o trabalho dos vicentinos destacou a assistência aos pobres. Desde
uma cesta básica, um aconselhamento ou até mesmo emprestar caixão e local para
enterrar no cemitério local, pois os “vicentinos” tem jazido destinado aos pobres
que não tem local para serem sepultados.
Ao falar
sobre o cemitério Edivane Barros, fez algumas críticas a atual situação em que
se encontra o cemitério da cidade. Sem espaço para realizar sepultamentos, além
do local considerado por ele inadequado para se pensar em ampliação, como na
gestão passada do Prefeito Edmilson Júnior foi ventilada. Segundo ele é
necessário construir outro cemitério em local mais apropriado e não tão perto
na margem do rio Quixeramobim, já tão poluído e devastado.
Para finalizar
Edivane Barros agradeceu a ONG Iphanaq pelo convite para participar desse projeto
e disse que se sentia muito honrado por esse momento, que considera tão
importante na valorização da história, memória e dos saberes diversos, nem
sempre lembrados.
Em seguida o
coordenador Neto Camorim entregou ao convidado uma menção honrosa pela sua
valiosa e memorável participação no 37º Papo Cultural.
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