O documentário busca registrar processos da memória do radialista Viana Filho, que vive inserido entre sua infância como telegrafista de trem, seu amor pelo futebol e pelo rádio. Esses três pilares envolvem o personagem e marca a figura central do trabalho. Os alunos foram guiados pelo professor e documentarista Alexandre Veras. “O lançamento desse trabalho no Conselheiro Vivo mostra como a cidade se apropria desse momento a cada ano, que escolhe de modo afetivo o que vai ligando a Conselheiro, que assim vai se misturando com as coisas de nossa cidade”, afirmou o professor Neto Camorim, durante programa especial da FM Canudos (106,7 khz), que segue até sexta apresentado entre 13h e 14h.
O personagem Viana Filho
O interesse sobre a história de Viana surgiu depois de uma apresentação do radialista na edição de número 16 do projeto Papo Cultural, da ONG IPHANAQ, em Quixeramobim. Aos 16 anos Viana trabalhava como telegrafista de trem durante a noite enquanto o pai dormia, indo às oito da manhã para treinar futebol. Atuou pelo time do Maracanaú Futebol Clube.
Ele escolheu o esporte como sua paixão. Nasceu em Quixadá, na lendária fazenda “Não Me Deixe”, que é mundialmente conhecida por ter sido o lugar onde nasceu a escritora Raquel de Queiroz também.
A história de Viana se liga com Quixeramobim quando ele chegou a Uruquê, onde passaria apenas três meses, devido ao trabalho do pai no trem. Nesse período conheceu o prefeito da cidade à época, Alfredo Machado, que ofertou um emprego a Viana. Ele teria que todos os dias abrir a TV pública. Naquela época a TV era em uma praça e tinha sempre que alguém tomar conta do equipamento, e ele ficou responsável por isso.
Assim como a paixão pelo futebol, Viana conheceu aquele que também seria um de seus grandes amores, o rádio. Foi assim que, em 1968, Viana começou a trabalhar no rádio em Quixeramobim. Ajudou a fundar juntamente com Fenelon Augusto Câmara, aquele que seria o primeira trabalho radiofônico do Sertão Central: a radiadora Voz de Cristal, que antecedeu à Difusora Cristal. Pelo rádio Viana encontrou o prazer de narrar aos inúmeros ouvintes o que via dentro das quatro linhas dos campos de futebol.
O documentário
Os cenários para as gravações de “A Bola, o Trem e o Rádio” foram os campos de várzea na localidade de Poço da Pedra, no campo do Cláudio, no Belo Monte, no campo do Balaio, e nos campos do bairro da Maravilha. Seis meses foram necessários para gravação, edição, montagem e finalização do trabalho.
Serviço
Lançamento do documentário “A Bola, o Trem e o Rádio”
Quarta-feira, 11, às 19 horas, dentro do Conselheiro 2015
Casa Antônio Conselheiro
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