quarta-feira, 12 de novembro de 2014

E o Arquivo Público Municipal, cadê?

A Câmara Municipal de Quixeramobim está deixando o prédio que fora utilizado por muitos anos como sede do parlamento municipal, a Casa de Câmara e Cadeia. Esta, que é tombada pelo Iphan como um dos patrimônios arquitetônicos do país, deixará em alguns dias de ser sede do Legislativo definitivamente.

Em 29 de outubro foi assinada a ordem de serviço para a construção da nova sede da Casa Legislativa, na Avenida Dr. Joaquim Fernandes. Inclusive os primeiros tijolos já foram postos na obra, que começou logo após o falatório do parlamento. Um espaço bem mais amplo e confortável, diga-se de passagem. Dada a vacância da agora sede antiga, surge a pressão popular para que o espaço abrigue o Arquivo Público Municipal.

Para que isso pudesse acontecer primeiro teria que, no mínimo, esse Arquivo ser criado (e foi) por Lei. Matéria publicada no Blog Quixeramobim Agora, em 06 de Dezembro de 2012, informava que “A Câmara Municipal de Quixeramobim aprovou na penúltima sessão do ano de 2012, realizada no dia 05 de dezembro, o projeto de Lei que cria o Arquivo Público Municipal de Quixeramobim”. À época o projeto de Lei aprovado pela Câmara seguiu para a sanção do novo prefeito, Cirilo Pimenta, que segundo informações que me foram repassadas, o sancionou.

É hora de ocupar a Casa!
Tendo em vista a retirada por completo da Câmara do prédio, o que ocorrerá nos próximos dias, é momento de ocupar o espaço com aquilo que já foi definido por Lei e que não deve demorar muito para acontecer, pois já vimos exemplos claros de utilização de prédios históricos para outros ‘fins’, o caso mais claro é do Memorial Antonio Conselheiro, hoje abandonado!

Existe outro projeto de Lei que já passou por votação na Câmara e que também já foi aprovado, segundo o vereador e atual secretário de cultura, Everardo Júnior, transformando a Casa de Câmara e Cadeia em Casa da Memória e Museu Jorge Simão, além de abrigar o Arquivo. O contato feito por telefone com o vereador foi no dia 29 de outubro. Ele ficou de retornar a ligação no dia seguinte para passar mais informações, e como se diz no popular: ‘até hoje’.

É proibido cochilar!
Acendeu uma luz amarela, quase vermelha sobre o que se fará naquele espaço. É preciso que nós, sociedade civil, pressionemos o poder público municipal para que não cochile e não desperdice tempo nesse processo de transição. É mais do que importante, é imprescindível utilizar aquele espaço para o Arquivo Público Municipal. Nós estamos de olho!

Por
Elistênio Alves
Graduando em Letras/Espanhol pela Universidade Federal do Ceará

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