quinta-feira, 19 de junho de 2014

IPHANAQ REALIZA MAIS UMA NOITE REIMOSA



Aconteceu no último dia 12 de junho mais uma edição da Noite Reimosa. O evento contou com a participação de vários jovens e adolescentes de Quixeramobim e vários visitantes que normalmente acorrem a nossa cidade para participar das festas de Santo Antonio.
O evento teve início com a participação de um grupo de teatro coordenado pelo Professor João Paulo Barbosa e composto por alunos basicamente do Liceu de Quixeramobim. No início da Noite Reimosa foi encenada a peça “Saraupaté” bastante aplaudida por todos os presentes na Casa do Conselheiro.
Na continuação tivemos uma “tertúlia” comandada pelo DJ João Paulo com músicas que fizeram e faz parte da vida de várias gerações. Durante o evento foi servido aos interessados um coquetel, a já famosa “gororoba do Brasil”. A Noite Reimosa continuou até por volta de três horas da madrugada.













Texto e fotos: Ailton Brasil

segunda-feira, 2 de junho de 2014

NEYLIANE OLIVEIRA APRESENTA PESQUISA SOBRE AS RIFAS NO COTIDIANO DE QUIXERAMOBIM NO PAPO CULTURAL














No dia 30 de maio o projeto Papo Cultural recebeu na sua 40ª edição a Pedagoga Neyliane Oliveira, que apresentou a sua monografia de Especialização em Perspectivas e Abordagens em História, que tem como tema “O jogo e a Sociabilidade: as rifas no cotidiano de Quixeramobim”.
A referida pesquisa segundo Neyliane é resultado da convivência familiar que sempre gostam de se encontrar para jogar rifa enquanto momento de lazer e descontração daí então começou a despertar o interesse em desenvolver essa pesquisa a partir da sociabilidade que o jogo possibilita.
Acompanhada de seu pai que conhece alguns ambientes onde se jogam rifas, ela pediu ao seu genitor que lhes levasse a esses locais para entender como funciona as rifas fora do espaço familiar, único local que antes conhecia. Iniciou suas observações procurando entender como se organiza uma rifa e compreendeu que é necessário, planejamento, divulgação e execução para que a mesma aconteça. Em seguida passou a pesquisar os termos usados nesse jogo para se familiarizar e facilitar a interação entre os jogadores.
A partir de então, elegeu como objeto de pesquisa uma rifa no Bairro Jaime Lopes, periferia de Quixeramobim e outra no Bairro da Rodoviária. Segundo Neyliane, a rifa do Jaime Lopes além de ser um espaço de encontro entre amigos se discute de tudo um pouco. Desde o cotidiano de trabalho, amoroso e as questões que envolvem a realidade social e política no qual estão inseridos. Destacou na sua apresentação que na rifa do Jaime Lopes envolvia premiação mais valiosa, pois envolvia 100 kg de carne. Como a quantidade de jogadores não era suficiente rifaram apenas 50 kg.
Na rifa do Bairro da Rodoviária eram objetos de menor valor e os jogadores eram pessoas que são mais próximas. A rifa pra eles se caracteriza mais como um momento de descontração e de passar o tempo, como eles dizem. Destacou a pesquisadora.
Outro aspecto observado na pesquisa é o papel destinado às mulheres no jogo. A maioria delas não participam diretamente da rifa. Mas organizam as rifas. Elas são responsáveis para servir o café, a cachaça para esquentar o sangue durante as longas horas do jogo, fazer as anotações das vendas das taras que os jogadores têm que irem comprando durante a rifa. Existem mulheres que jogam, mas são poucas. A rifa que pesquisei se constitui um espaço de jogadores essencialmente masculino. Ressaltou Neyliane.
Segundo Bruno Paulino, que esteve presente ao evento, destacou a importância dessa pesquisa enquanto espaço para a compreensão de como a sociabilidade acontece em vários locais, muitas vezes não valorizados nos trabalhos acadêmicos. Daí a riqueza dessa pesquisa. Outro ponto que gostaria de ressaltar, e que tenho boas lembranças das rifas organizadas pela minha avó, no bairro Jaime Lopes. Ela além de organizar as rifas era a única mulher a participar do jogo. Centralizava nela as decisões. Mesmo sendo criança na época, ainda hoje trago na memória esses momentos de encontro familiar e de amigos. Ressaltou durante o debate.
             Entenda o que é rifa: É um jogo organizado geralmente entre amigos no qual utilizando baralho as pessoas vão comprando as taras que são simbolizadas por sementes ou algo semelhante. Essas taras você compra com dinheiro onde vão sendo jogados durante muitas horas, as vezes, entram a madrugada ou amanhecem jogando. E ao final quem ganha leva o prêmio.
Para finalizar a apresentação o coordenador no papo cultural, Neto Camorim, destacou a história de vida escolar e acadêmica da convidada, onde além de cursar pedagogia na UECE/FECLESC em Quixadá, fez também Tecnologia em agronegócio na FATEC Sertão Central em Quixeramobim e trabalhava na Fábrica de Calçados a noite. Uma batalhadora e alguém muito determinada, um exemplo de coragem. Como ela destacou na sua fala, a palavra desistir não existe no seu dicionário.
Em seguida foi entregue a convidada uma menção honrosa pela sua apresentação no papo cultural, no qual ela recebeu essa pequena e merecida homenagem das mãos de seu pai, grande incentivador de sua formação acadêmica.

Neto Camorim - Coordenador do Papo Cultural



















Texto: Neto Camorim
Fotos: Edmilson Nascimento

CINECLUBE IPHANAQ RETORNA A VILA DE LACERDA














O Instituto do Patrimônio Histórico, Cultural e Natural de Quixeramobim e o Sesc Ler deram continuidade neste dia 30 de maio ao projeto Cineclube Iphanaq que leva entretenimento e formação através da exibição de produções cinematográficas brasileiras.
Desta vez a exibição aconteceu na comunidade de Lacerda, um dos mais antigos distritos de Quixeramobim. As exibições ocorreram na Escola de Ensino Fundamental Vicente de Castro. A exibição contou com a participação de cerca de 70 pessoas envolvendo alunos do Ensino Médio do turno da noite além de várias crianças e adultos da comunidade que compareceram para participar da sessão de cinema.
A primeira exibição da noite foi o curta metragem, “Calango Lengo” que retrata a difícil vida nos períodos de estiagem no nordeste. Apesar da dura realidade que o filme apresenta tanto crianças como adultos se divertem principalmente pelo final que o filme apresenta com a chegada da chuva.
Na segunda exibição tivemos o filme “a pessoa é para o que nasce” onde a temática é um grupo de três irmãs cantadoras e que ambas partilham um problema visual dificultando assim as tarefas que normalmente executamos. Por outro lado a deficiência das mesmas não se tornou um empecilho para que fossem felizes.
O terceiro filme da noite foi Migrantes. Um documentário que mostra a realidade de milhares de pessoas que se deslocam temporariamente para o corte de cana nos estados do sudeste. O documentário destaca a realidade vivida por agricultores nos estados do Piauí e Maranhão. “Migrantes” conseguiu a atrair a atenção da maioria das pessoas que estavam na escola e ao final fizemos uma conversa sobre os filmes exibidos onde algumas pessoas externaram a realidade vivida e destacando que apesar da existência desse tipo de situação a realidade tem mudado bastante nos últimos anos.
Contrariando a temática dos filmes durante as exibições tivemos uma boa chuva que traz esperança aos trabalhadores rurais que anseiam melhores condições de vida.






Texto e fotos: Ailton Brasil

terça-feira, 27 de maio de 2014

PONTO DE CULTURA “PATRIMÔNIO VIVO” PARTICIPA DA TEIA NACIONAL DA DIVERSIDADE CULTURAL EM NATAL














De 21 a 24 de maio o Ponto de Cultura Patrimônio Vivo, representado pelo seu coordenador geral Neto Camorim, esteve participando da TEIA Nacional da Diversidade Cultural em Natal-RN.  Evento este, que além do Fórum Nacional dos Pontos de Cultura, congregou o Fórum da diversidade, Fórum de Gestores, Feira de Economia Solidária e Criativa, seminários e oficinas, reunindo os mais de 3.600 pontos de cultura de todo o Brasil, depois de quatro anos da sua última edição realizada em Fortaleza em 2010.
A Teia dos pontos de cultura se caracteriza no encontro no qual convergem os participantes dos encontros nacional e regional das instituições que integram o Programa Cultura Viva, que este ano completa 10 anos. Sendo, portanto um momento de protagonismo da sociedade civil em diálogo com o poder público, para avaliar suas ações e cobrar maior empenho dos governos para as políticas culturais.
     Enquanto integrante da delegação cearense que foi a Natal, o Ponto de Cultura Patrimônio Vivo participou de algumas atividades nos quais foram:
  • Solenidade de abertura oficial da TEIA com a presença da Ministra da Cultura Marta Suplicy, presidente da Câmara Federal Dep. Henrique Eduardo Alves, Senador Inácio Arruda, PCdo B-CE e Dep. Fátima Bezerra, no qual os representantes dos pontos de cultura apresentaram sua pauta de reivindicação.
  • Fórum da Economia Solidária e Criativa para discutir ações de como inserir os produtos dos pontos de cultura no mercado em articulação em rede com outras instituições e movimentos sociais. Essa atividade contou com a presença do representante da Secretaria de Economia Solidária do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), Vital Filho.
  • Encontro do setorial Afro Brasileiro onde aconteceram discussões sobre diversidade religiosa, capoeira, candomblé e outras manifestações culturais do povo afro brasileiro e dos povos tradicionais.
  • Exposição e vendas de produtos do ponto de cultura Patrimônio Vivo ( CD/DVD Boi de Reisado de Quixeramobim, Cartões postais e livros) na Feira de Economia Solidária e Criativa no stand destinado ao Ceará.
  • Participação na apresentação cultural da delegação do Ceará.
  • Participação da roda de conversa dos povos tradicionais ciganos e na sua apresentação musical.
  • Fórum de Mídia Audiovisual dos Pontos de Cultura onde foi discutida a proposta de criar uma TV WEB para os pontos de cultura; Marco Civil da Internet que ainda será regulamentado e será em rede colaborativa resultado da pressão social; Decreto da TV digital para implantação do canal da cultura; Maior ocupação do quadro “Outro Olhar” do Jornal da TV Brasil, que destina espaço para divulgação das produções dos pontos de cultura. Debate sobre o Canal dos Pontos de Cultura a TV ITEIA na internet, onde todos devem acessar e colaborar.
Segundo Neto Camorim participar da TEIA Nacional dos Pontos de Cultura foi à oportunidade de promover, reconhecer e valorizar o nosso potencial criativo brasileiro, tão diverso e plural nas suas mais variáveis possibilidades e representações. Foi um momento de celebrar mais também de cobrar políticas culturais mais democráticas, menos burocráticas e mais colaborativas
Além do Ponto de Cultura Patrimônio Vivo, quem também esteve em Natal participando da TEIA representando os artistas cearenses da cultura popular do boi de reisado foi Mestre Piauí de Quixeramobim.  
Neto Camorim - Coordenador Geral do Ponto de Cultura Patrimônio Vivo e integrante da Ong. Iphanaq.
















Texto: Neto Camorim
Fotos: Stênio Júnior

terça-feira, 13 de maio de 2014

GRUPO DE LEITURA “SERTÕES E MEMÓRIAS” REALIZA SEGUNDO ENCONTRO PARA ESTUDAR DONA GUIDINHA DO POÇO


No dia 09 de maio, os participantes do Grupo de Leitura “Sertões e Memórias” se reuniram na casa de Conselheiro para realizar o segundo encontro para debater as leituras do livro segundo e terceiro da obra “Dona Guidinha do Poço”.
Foi um encontro memorável com discussões empolgantes sobre o contexto histórico literário no qual a obra está inserida. Com destaque para as viagens frequentes os serviçais de Guidinha para comprar tecidos no comércio de Secundino na vila de Cajazeiras, nome fictício no livro da vila de Quixeramobim.
Além de sua preocupação dele ser preso pela acusação do crime que tinha cometido pela sua terra Pernambuco. Principalmente no período eleitoral onde o partido liberal no qual ela Guida fazia parte disputava as eleições com o partido conservador, que veio a vencer. Daí sua preocupação de passar dias na vila durante os festejos do padroeiro Santo Antonio. Pois além de participar das missas, trezena e quermesses se reuniriam com o chefe do partido liberal local, o Padre João Francisco, convidado para almoçar na sua casa na Vila após a missa do dia 13 de junho.
Outra coisa estava incomodando Guida naquele momento, era o namoro do sobrinho de seu marido com a jovem Lalinha, filha do Juiz de Direito. Margarida fará tudo para destruir esse romance, convencendo seu marido Quim a fazer Secundino acabar com o comércio em Cajazeiras, passando a morar na fazenda Goiabeirinha vizinho ao Poço da Moita. Por lá, Secundino empregou em gado o dinheirinho do apuro, e com uns cobres mais, que o Major Quim lhe emprestou, estava se tornando fazendeiro.
Dessa forma Secundino ficaria mais perto de Guida, participando com mais frequência dos terços oferecidos a nossa Senhora em sua fazenda, no qual ela ficava sempre ao seu lado, bem como das cantorias, onde os cantadores largavam a goela no mundo. E durante essas rodas de viola algumas pessoas já estavam desconfiando desse afago exagerado de Margarida com o sobrinho de seu marido. Até o próximo encontro!
E por falar em próximo encontro, os participantes definiram que este será no dia 17 de junho, saindo às 6 da manhã da Casa de Conselheiro com destino a Canafístula Velha, antiga fazenda de Dona Guidinha do Poço. No decorrer da viagem farão algumas paradas para irem discutindo o livro quatro e cinco, concluindo assim a leitura dessa importante obra de nossa literatura.






Texto:Neto Camorim- Integrante da ONG. Iphanaq


Fotos: Edmilson Nascimento

domingo, 4 de maio de 2014

FELIPE GERÔNIMO APRESENTA MONOGRAFIA SOBRE O USO DO RPG NAS AULAS DE HISTÓRIA NO PAPO CULTURAL



No último dia 02 de maio aconteceu na Casa de Conselheiro a 39ª edição do Papo Cultural que teve como convidado o professor de história recém graduado na UECE-FECLESC- Quixadá, Felipe Gerônimo da Silva. Na ocasião apresentou seu trabalho de monografia que tem como tema: “O Rolling Playng Game nas Aulas de História da Escola de Ensino Fundamental Dr. Joaquim Fernandes”. Escola esta pertencente à rede municipal.
Inicialmente o coordenador do papo cultural, Neto Camorim fez uma breve apresentação do convidado e em seguida Felipe Gerônimo apresentou sua pesquisa.
Começou destacando a grande dificuldade que encontrou na universidade para conseguir um professor para orientar sua pesquisa. Eles sempre colocavam que era complicado desenvolver essa pesquisa em RPG. Esse jogo de interpretação de papéis. Para o ensino de história é algo novo, mas em outras disciplinas na área das ciências exatas já são trabalhado há muito tempo. Ressaltou Felipe Gerônimo.
Além da dificuldade de encontrar apoio na universidade, a própria escola no qual trabalhava colocou obstáculo. Foram três anos de muita luta, mas convenci com trabalho e dedicação que era possível desenvolver tal pesquisa. Depois de muita insistência encontrei orientação e os resultados esperados foram atingidos. Mesmo que preliminarmente.
Para trabalhar com RPG, esse jogo de interpretação de papéis é preciso muita dedicação do professor para orientar e estimular os alunos através desse jogo se sentirem estimulados a estudarem história. Disciplina para a grande maioria dois alunos vista como “decoreba”. Foi com o intuito de mudar essa questão que passei a usar esse jogo com o objetivo de estimular os alunos a ler e interpretar os fatos históricos e não apenas decorar datas. Foi um trabalho árduo. Ficava com eles no contra turno e muitas vezes nos finais de semanas em suas casas, para aperfeiçoar a pesquisa.
No geral acredito que alcancei o resultado esperado. Os alunos se mostraram mais interessados no estudo da história e mais curiosos na busca de informações. Para tanto é importante ressaltar o papel importante que deve ocupar o professor na aplicação desse jogo, para não deixar as coisas soltas e os alunos aprenderem a história com explicações equivocadas beirando o anacronismo, como muitas vezes acontece. O professor, portanto deve está atento. Destacou.
Segundo Felipe Gerônimo, o próximo passo é aplicar o uso do RPG nas turmas de ensino médio no qual trabalha para observar os resultados em outro nível. Pois nessa pesquisa podemos evidenciar que novas técnicas no ensino são sempre bem recebidas pelos alunos. Cabendo ao professor ser o mediador. Não apenas nas aulas de história, mas deve ser aplicado em outras disciplinas.
Após a sua apresentação aconteceu uma importante discussão sobre o tema, onde o professor Willamy Nunes colocou várias questões sobre o uso do RPG em sala de aula na tentativa de ampliar as metodologias para um melhor aperfeiçoamento do ensino e aprendizado dos alunos.






Texto: Neto Camorim
Fotos: Edmilson Nascimento