terça-feira, 17 de setembro de 2013

GRUPO DE LEITURA “SERTÕES E MEMÓRIAS” INICIAM ESTUDO DE “O SERTANEJO” DE JOSÉ DE ALENCAR.


ENCONTRO LITERÁRIO- O sertanejo – José de Alencar

            A data, 06 de setembro; o local, Casa Antônio Conselheiro; a hora, 19h; assunto, o sertanejo, a partir da estética e da visão de José de Alencar no seu romance O sertanejo. É o início de mais uma edição do Encontro Literário do Grupo de Estudos “Sertões e Memórias”, um projeto coordenado pelo professor João Paulo, com o objetivo de ler e discutir sobre obras literárias brasileiras percebendo seu valor cultural no conjunto da nossa riqueza literária, bem como a importância da sua leitura para a formação de um cidadão crítico e conhecedor do nosso patrimônio cultural e literário.
                 Após a leitura de Os sertões, de Euclides da Cunha e O quinze, de Rachel de Queiroz, chegou à vez de O sertanejo, de José de Alencar. 
             Havia-se designado a leitura dos dois primeiros capítulos do romance para o início das discussões. Mas antes da releitura dos trechos leu-se o poema de Jader de Carvalho, para se observar a relação intertextual entre os elementos do poema e do romance. E, para quem já leu outras obras da nossa literatura envolvendo a temática do sertanejo, ou para quem já viveu no sertão e conviveu com sertanejos reais, foram inevitáveis os comentários preliminares, com análise comparativa entre outros sertanejos da nossa literatura ou da vida real, com o sertanejo alencarino.
             Após isso, deu-se início à leitura de trechos dos dois primeiros capítulos mediante a escolha e as observações dos participantes. A palavra ficou facultada para que cada leitor fizesse suas observações e comentários a respeito de elementos que julgasse significativo no romance. No caso de O sertanejo, fez-se necessário o esclarecimento de que, por ser uma obra do Romantismo, há uma grande diferença de abordagem entre o homem do sertão, de José de Alencar e os autores do Realismo e do Modernismo. Na verdade a estética romântica cumpriu o seu papel para época, a despeito das críticas que sofreu de alguns autores do século XX.  
            Portanto, foi no revezamento entre leituras e comentários, entre ideias que convergiam e divergiam, seja no plano estético ou no plano ideológico, que se iniciaram mais uma maratona de enriquecimento cultural, a partir da leitura de mais um clássico da literatura tupiniquim, nos recintos da casa Antônio Conselheiro, em Quixeramobim.  


Willamy Nunes- Prof. de Língua Portuguesa e integrante da Ong. Iphanaq






Texto: Willamy Nunes
Fotos: Edmilson Nascimento e Ciro Barbosa

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