segunda-feira, 2 de setembro de 2013

DONA ZILÁ CARNEIRO PARTICIPA DO 31º PAPO CULTURAL


Depois de algumas tentativas sem êxito, devido seus compromissos familiares em São Paulo, o projeto papo cultural recebeu no dia 30 de agosto na Casa de Antônio Conselheiro a Senhora Zilá Zilda Carneiro na sua 31ª edição.
Na abertura do evento o coordenador do papo cultural, Neto Camorim, apresentou uma breve biografia da convidada que tem muito serviço prestado a Quixeramobim.
Zilá Zilda Carneiro nasceu em 21 de novembro de 1933, na cidade de Nipoã, São Paulo. Seus pais, o cearense José de Araújo e a paulista Olímpia Garcia Paes Leme (hoje com 99 anos). Fez as séries iniciais em sua terra natal e terminou em São José do Rio Preto como professora primária em 1952. Em 1953 ingressou no magistério paulista onde lecionou até 1955, quando veio em dezembro do referido ano veio ao Ceará para conhecer familiares de seu pai o Senhor José de Araújo.
Durante essa visita acabou permanecendo por 45 dias, período que namorou e ficou noiva do se seu primo, o Senhor Álvaro de Araújo Carneiro. Casou-se em maio do ano seguinte (1956), indo morar da fazenda na fazenda Canafístula, que fica há 21 km da sede do município. De seu casamento nasceram seis filhos. Álvaro Júnior, Aníbal Roberto (in memória), Airton, Adilson, Amauri e Tânia.
Por 10 anos foi diretora da escola Luíza Távora. Professora e coordenadora pedagógica da Escola Maria Carneiro. Enquanto primeira dama foi presidente do Movimento de Promoção Social durante as duas gestões do Senhor Álvaro Carneiro. Chegou também a presidir por 27 anos a Centro Maternal Moraes Correia e coordenou os projetos Casulos da antiga LBA, em todo município.
Foi Secretária de Educação na administração do prefeito Antonio Machado. Segundo ela, uma experiência de trabalho que não gosto nem de falar, devido o pouco resultado alcançado. Eram tempos muito difíceis, sem estrutura de trabalho, não se tinha uma equipe de supervisão que atendesse as demandas das escolas.
Aposentou-se com 47 anos de serviços prestados a educação e ao movimento de promoção social do município. Atualmente preside a QUIXERARTES (Associação de Artesão de Quixeramobim).
Zilá Zilda Carneiro é cidadã Quixeramobinense com proposição do então vereador Dr. Anísio Mendes.
Durante sua apresentação Dona Zilá teceu mais detalhes das informações apresentadas em sua biografia, falou do quando gosta de Quixeramobim, terra que escolheu para morar e educar sua família.
Quando perguntada sobre sua atuação enquanto professora e gestora dos cargos que ocupou fez algumas observações interessantes. Quando ensinava na Escola Maria Carneiro gostava de acompanhar o rendimento da turma. Pedia pra continuar na mesma turma para poder ver os resultados nos anos seguintes. Enquanto gestora em todos os cargos que ocupei, sempre procurava acompanhar as coisas de perto pra ver se estava caminhando tudo bem. Fazia o dinheiro mesmo sendo pouco na época render o máximo para atender as demandas da população. Claro que eram bem menores e menos complexas como as de hoje.
Disse que nunca transformou a sua casa local para as pessoas estarem pedindo as coisas. Aliás, segundo ela Dona Zilá os políticos atuais viciaram demais a população. Quando Álvaro Carneiro foi prefeito, estava todo dia na prefeitura das 11 às 13 horas para atender as demandas da população. Tinha mania de acordar bem cedo, dar uma volta pela cidade pra ver os problemas e tentar resolvê-los. Em seguida ia para a fábrica de algodão até 11 horas. Só depois que ia para a prefeitura. Depois das 13 horas retornava para a fábrica.
Destacou que mesmo entendendo que são outros tempos defendeu que estamos precisando de mais zelo pelo que é público. A classe política está muito desacreditava. Os gestores ficam muito distantes da população apesar de muitos assessores não conseguem resolver os problemas da população. Frisou durante sua fala.
Também falou que tem gosto pela leitura, principalmente de Érico Veríssimo. Todo dia à tardinha fica deitada em casa lendo. Gosta também de cinema e artesanato. Quem quiser aprender a bordar ou fazer Crocê está sempre disponível a ensinar na sua casa.
Ao final do evento agradeceu a Ong. Iphanaq pelo convite para participar dessa atividade cultural. Disse que apesar de ultimamente sempre viajar a São Paulo quer participar na medida do possível de outras edições do Papo Cultural. Achou louvável essa iniciativa do Iphanaq que ela nem conhecia.
O projeto Papo Cultural é uma conversa com personalidades que contribuem com seu trabalho, seus conhecimentos e seus saberes diversos, para a difusão do patrimônio histórico e desenvolvimento cultural e educacional de nosso município.









Texto: Neto Camorim
Fotos: Edmilson Nascimento

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