segunda-feira, 16 de março de 2015

Conselheiro Vivo – Afetos e práxis: Comitiva visita Marcílio Maciel, descendente e narrador de Antônio Conselheiro

Foto: Elistênio Alves/Arquivo Iphanaq
Seu Marcílio Maciel, sempre orgulhoso do parentesco com Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, recebeu na tarde desta sexta-feira, 13, uma comitiva formada por quixeramobinenses e canudenses. Um bate-papo bem informal, com uma conversa descontraída, foi à marca do encontro.

Embora com a saúde fragilizada, Seu Marcílio conversou sobre a Guerra e sobre seu parente Antônio Conselheiro. O encontro foi mais um estímulo para as lembranças de Marcílio, figura ímpar da vida “viva” de Conselheiro em Quixeramobim.

Trajetória - Marcílio Maciel foi pescador e agricultor, hoje aposentado, residindo nas imediações da Rua Benjamin Barroso, na Vila Holanda, no limiar entre o Centro e o início de bairros mais afastados dele, em regiões populosas da cidade. A partir das rememorações pela Guerra de Canudos (1893/97), Marcílio passou, a partir de 1997, a ganhar reconhecimento na cidade, ampliando aos visitantes sua habilidade narrativa, na dimensão de exímio contador, em fios de fascínio conhecidos por parte dos moradores que já o conheciam.

Também em 1997, esse lugar de memórias ganha repercussão pelas imagens do Documentário “Paixão e Guerra no Sertão de Canudos”, dirigido pelo baiano Antônio Olavo, com abertura do Boi de Reisado de Quixeramobim e voz-off do ator José Wilker. O filme traz também entrevista com Dona Zefa, mãe de Marcílio, já falecida, que em sua participação emocionante homenageia a sua maneira o parente Maciel de maior projeção.

Em 2000, Marcílio foi um dos nomes da Revista “Entrevista”, consolidada publicação do Curso de Comunicação Social da UFC, Coordenada pelo Professor e Jornalista Ronaldo Salgado. Além de Fortaleza, a edição à época foi lançada também em Quixeramobim. Em 2012, Marcílio Maciel recebeu da Câmara Municipal a Comenda Antônio Conselheiro, entregue durante solenidade especial na Casa Antônio Conselheiro. Além das narrativas orais que o notabilizam, possui cadernos que escreveu de próprio punho, sobre Conselheiro, a cidade e assuntos diversos.

Texto – Jornalista e membro da Ong. Iphanaq, Danilo Patrício.

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