quarta-feira, 5 de março de 2014

EDIVANE BARROS É DESTAQUE NA 37ª EDIÇÃO DO PAPO CULTURAL














No dia 28 de fevereiro aconteceu na Casa de Conselheiro a 37ª edição do Papo Cultural. Nesta edição teve como convidado, o Senhor Edivane Barros, que apresentou sua trajetória de vida, sua atuação no rádio e na política, e também nas pastorais sociais. Destacando seu trabalho nos “Vicentinos” e na Pia União de Santo Antônio, movimentos ligados a Paróquia de Santo Antonio.
Origem- Após a apresentação do convidado realizada pelo coordenador do evento Edivane Barros iniciou sua participação revelando que é seu nome verdadeiro é Francisco Barros da Silva. Filho natural de Mombaça e reside em Quixeramobim desde a infância, aonde seus pais vieram morar. Depois seus familiares retornaram para o município de Mombaça, mas ele em seguida retornou para estudar em Quixeramobim, onde concluiu o antigo 2º grau (hoje ensino médio) na Escola Assis Bezerra. Durante todo esse tempo após a conclusão dos estudos, como se dizia na época quando se terminava o 2º grau, realizou vários cursos, principalmente nas áreas da mecânica, telefonia, eletricidade, bombeiro hidráulico e construção civil. Mas recentemente, fez vários cursos no campo da informática. Segundo disse, pra acompanhar a tendência do momento.
Família e trabalho - Edivane Barros é casado com a senhora Clotilde tem uma filha e desde muito jovem procurou assumir suas responsabilidades familiares e profissionais. Revelou que trabalhou na Casa de Conselheiro, quando ela era local comércio do senhor Luiz Costa, na época “Casa Toda Azul”. Disse também que trabalhou na fábrica de bebidas universal nos fundos da casa, onde se fabricava zinebra e refrigerante. Quando volto a esse local rememoro todos esses momentos iniciais de minha vida profissional nessa cidade. Revelou emocionado.
Em seguida falou do seu ingresso na antiga TELECEARÁ, como técnico de Telecomunicações concursado. Frisou bem esse detalhe, pois nesse período conseguir um emprego público geralmente era por apadrinhamento.
Durante o período que esteve trabalhando pela TELECEARÁ, visitou todas as casa da cidade que passaram a instalar telefone. Portanto, conhece bem a cidade até 1998, ano de sua aposentadoria. Falou também de como foi o início da telefonia em Quixeramobim. Sempre tinha um mensageiro para ir chamar as pessoas suas residências para elas virem atender seus telefonemas no Monocanal (posto telefônico). De lá a telefonista fazia essa intermediação. Isso continuou a existir quando os primeiros telefones começaram a serem instalados. Mas claro sem a figura do mensageiro. A pessoa quando queria fazer uma ligação entrava em contado com o posto da Teleceará e a atendente completava a ligação telefônica para o destino desejado.
Atuação no Rádio e na Política- Como sempre gostou de telecomunicação, e tinha poucas pessoas com esse conhecimento na cidade naquela época, logo recebeu convite para trabalhar de controlista (aquele que coloca as músicas) na Rádio Difusora Cristal, no qual começou em 1968, ano da sua fundação e continua até hoje apresentando nas tardes de sábado, o seu programa “Sucessos para todas as gerações”.
Em 1970, participou de um teste para ser locutor da rádio, coordenado pelo seu antigo proprietário Fenelon Augusto Câmara, de saudosa memória. Foi algo despretensioso, não acreditava que viesse a ser o escolhido diante de tantos outros candidatos no qual considerava melhor do que eu. Para minha surpresa Fenelon me chamou a rádio e foi logo dizendo. Você foi o selecionado e começa o programa amanhã! E o programa era a “Discoteca da Amizade”, o cartaz social da região. Quando o programa começou era diário. Iniciava às 13h e sou acabava quando não tinha mais mensagens dos ouvintes pedindo músicas. Era uma das maiores audiências da emissora a Discoteca da Amizade. Tinha ouvintes de toda a região central do estado, pois a Cristal era a única. Portanto a pioneira.  
Foi pela grande popularidade de passei a ter com o programa, que fui convidado pelo Fenelon para entrar na política e ser candidato a vereador. Fato curioso é que o partido ao efetuar o registro da minha candidatura registrou no cartório eleitoral apenas meu nome Francisco Barros da Silva. Quando foram apurados os votos Edivane Barros teve voto pra ser eleito, mas não tinha sido registrado com o apelido. Perdi a eleição. Mas não encaro isso como frustração, foi melhor assim. Assim se expressou!
Trabalho Pastoral e Comunitário- Também dedicou parte de sua apresentação para registrar seu trabalho nas pastorais sociais da Paróquia de Santo Antônio desde a década de 1990, a convite do saudoso Pe. José Van Esch. Tem serviços prestados na Sociedade São Vicente de Paulo- Os Vicentinos e na Pia União der Santo Antonio, no qual é vice-presidente. Entidade mantenedora do Abrigo Santo Antonio, que presta relevantes serviços aos idosos do município.
Durante sua fala sobre o trabalho dos vicentinos destacou a assistência aos pobres. Desde uma cesta básica, um aconselhamento ou até mesmo emprestar caixão e local para enterrar no cemitério local, pois os “vicentinos” tem jazido destinado aos pobres que não tem local para serem sepultados.
Ao falar sobre o cemitério Edivane Barros, fez algumas críticas a atual situação em que se encontra o cemitério da cidade. Sem espaço para realizar sepultamentos, além do local considerado por ele inadequado para se pensar em ampliação, como na gestão passada do Prefeito Edmilson Júnior foi ventilada. Segundo ele é necessário construir outro cemitério em local mais apropriado e não tão perto na margem do rio Quixeramobim, já tão poluído e devastado.
Para finalizar Edivane Barros agradeceu a ONG Iphanaq pelo convite para participar desse projeto e disse que se sentia muito honrado por esse momento, que considera tão importante na valorização da história, memória e dos saberes diversos, nem sempre lembrados.  
Em seguida o coordenador Neto Camorim entregou ao convidado uma menção honrosa pela sua valiosa e memorável participação no 37º Papo Cultural.





Texto: Neto Camorim
Fotos: Edmilson Nascimento



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